A transição da ração de cães e gatos deve ser realizada de maneira cuidada e seguindo algumas regras.
Em várias alturas da vida do seu animal pode ser necessário mudar a alimentação do seu patudo. No entanto, a maioria dos tutores tem dúvidas em como fazer a transição da ração de cães e gatos.
Esta transição deve ser sempre feita de forma gradual e apenas caso seja extremamente necessário. Questione sempre o seu médico veterinário se deve ou não mudar o alimento atual do seu patudo antes de o fazer.
Saiba como fazer estas alterações na alimentação:
1. TROQUE A RAÇÃO APENAS SE NECESSÁRIO
Ao contrário das pessoas, os animais comem sempre o mesmo tipo de alimento diariamente. Se a ração for adequada para o animal e completa a nível nutricional, é tudo que o animal necessita para ser saudável. Por isso, é importante que se certifique com o médico veterinário se o alimento que oferece ao seu cão ou gato é o mais indicado.
Em determinadas alturas da vida, ou devido a certas patologias, pode ser necessário haver uma alteração no alimento. Por exemplo no caso de animais bebés, que até a 1 ano de idade devem comer comida para júnior, mas chegando essa altura devem mudar para uma ração de adulto.
Ou então quando são animais castrados, devem passar a fazer um alimento para animais com essa condição. Em determinadas patologias como é o caso da diabetes, insuficiência renal, cálculos urinários, alergias, entre outros, também pode ser necessário fazer uma alteração para uma dieta especifica, de acordo com as recomendações do seu médico veterinário.
Fora estas situações de alteração de dieta, a alimentação do animal deve manter-se, sempre que possível. As alterações constantes de alimento podem ser prejudiciais para o animal levando a perdas de peso e alterações digestivas.
2. FAÇA UMA ALTERAÇÃO GRADUAL DO ALIMENTO
Os cães e os gatos têm uma flora intestinal muito diferente das pessoas, menos diversificada. Dessa forma, apresentam menor capacidade para se adaptarem a alterações bruscas na dieta. Assim, a transição de ração de cães e gatos deve ser feita de uma forma progressiva e gradual.
A duração da transição deve ser de aproximadamente uma semana e pode ser feita da seguinte forma:
Inicialmente colocar cerca de 75% da ração antiga e 25% da nova;
Colocar 50% de cada ração;
Aumentar a ração nova para 75% e reduzir ara 25% a antiga;
Passar para a ração nova exclusivamente.
3. EVITE ALTERAÇÕES DURANTE PERÍODOS DE STRESS
O maior momento de stress que pode corresponder a uma mudança na alimentação é no momento da adoção de um novo animal. No entanto, em qualquer momento de stress as mudanças devem ser evitadas, de forma a garantir que o animal não vai deixar de comer e adoecer.
Por exemplo, no caso de adotar um cachorro ou gatinho novo, o ideal será na primeira semana dar-lhe exatamente o mesmo alimento à qual estava habituado.
Na maioria das vezes, os cachorros e gatinhos estão com a sua mãe e irmãos. Esta mudança provoca um grande stress nos animais, portanto o ideal é tentar manter os hábitos o máximo possível e ir fazendo pequenas alterações graduais.
SINAIS DE ALTERAÇÕES DIGESTIVAS
Uma alteração brusca na dieta pode provocar problemas digestivos, daí a importância da transição gradual.
Os sinais aos quais deve estar atento quando faz a transição da ração de cães e gatos são os seguintes:
Vómitos;
Diarreia ou fezes moles;
Anorexia (deixar de comer)
Estes são os sinais mais comuns que os animais podem apresentar caso a transição para a nova comida esteja a ser demasiado rápida. Também pode acontecer o cão ou gato não se conseguirem adaptar ao novo alimento por determinada razão.
Caso o seu animal manifeste algum destes sintomas durante a transição da ração deve consultar de imediato o seu médico veterinário pois pode ser necessário suspender o alimento novo até nova indicação.
Em alguns casos de diarreias severas, vómitos ou animais jovens mais sensíveis, pode ser necessário tratamento sintomático, ou seja consoante os sintomas. O seu médico veterinário pode prescrever probióticos e antieméticos para garantir que o animal recupera.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
Em determinadas situações pode não ser necessário este período de transição de alimentação gradual. Como por exemplo no caso de um cão ou gato estarem com uma diarreia severa e o médico veterinário prescrever uma dieta especifica para auxiliar a parar a diarreia.
Neste caso em especifico é introduzida a nova dieta sem a semana de transição gradual. No entanto, quando voltar à ração antiga, deve fazer novamente uma transição gradual.
Noutros casos relacionados com certas patologias, e sempre sob a recomendação do médico veterinário, pode também aplicar-se esta regra de transição rápida.
Consulte sempre o seu médico veterinário caso esteja a pensar em mudar de ração, para que o aconselhe sobre o tipo de transição que deve realizar. Caso a dieta seja diretamente prescrita pelo médico veterinário, questione sempre em que moldes deve ser introduzida esta alimentação.
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