Neste artigo aprenda mais sobre o controlo biológico de pragas e doenças.
Cárie dos citrinos
Praga: Cárie dos citrinos, cárie, cárie da parte lenhosa (Polyporus sp ou Streum sp.);
Características: Esta doença, causada por vários fungos, em como factores de desenvolvimento as podas mal efectuadas ou outros factores que provocam feridas na planta com alguma gravidade. A permanência demorada de humidade ou água nas feridas ou nos pontos de inserção das pernadas também pode provocar o desenvolvimento destes fungos;
Ciclo Biológico: O patogéneo entra nas “feridas não cicatrizadas” existentes no tecido lenhoso. No entanto, muitos dos fungos que provocam a “carie”, são parasitas secundários que “agridem preferencialmente as plantas débeis e em sofrimento. A difusão pode ser feita por transmissão intercelular, pelos tecidos infectados ou pelo modo sistémico. Neste último caso, através dos vasos e tecidos condutores, onde o micélio é transportado. Os insectos (alguns Leptidopteros e Coleópteros) podem ser transmissores desta doença e também podem enfraquecer a planta tornando-a mais susceptível. Os fungos, agentes da cárie, conservam-se no ambiente e no lenho, este último na fase micelar.
Plantas mais sensíveis: Todas as plantas pertencentes ao grupo das Rosáceas, família das Rutáceas (limoeiro, laranjeira, toranjeira, etc.), a oliveira e as Coníferas.
Danos/Sintomas: Os sintomas mais característicos são o aparecimento de manchas pulvorolentas, de cor cinza-preto, no tronco e ramos das árvores (especialmente os mais velhos). Esta doença leva à destruição dos tecidos lenhosos e a redução progressiva do vigor da planta.
Prevenção/aspectos agronómicos: Destruir as plantas infectadas; utilizar variedades resistentes ou tolerantes; fazer podas sem deixar feridas e em tempo seco; drenar bem os solos, para mantê-los pouco húmidos; reforçar as pernadas frágeis para não quebrarem; manter sempre a planta sã, bem nutrida e bem regada; escolher plantas bem adaptadas ao ambiente local.
Tratamento biológico: Aplicar calda Bordalesa ou outros produtos ricos em cobre, permitidos em A.B.
Vespas
Praga: Vespa, vespa alemã (Vespula germânica ou Vespa comune).
Características: Insecto, pertencente à família “Vespidae”, com riscas castanho-escuro ou pretas e amarelas no seu corpo. São conhecidas pelas suas picadas dolorosas, mas são sociais e formam colónias que podem ir até aos 25.000 indevidos. A sua actividade pode até ser benéfica para o agricultor, pois as vespas são predadoras de outras “pragas”.
Ciclo Biológico: As jovens rainhas são “fertilizadas” no Inverno. Emergem na Primavera e procuram locais subterrâneos para construir os seus ninhos de madeira mastigada com saliva fazendo o seu “ninho” em troncos, ramos, telhados e muitos outros locais. O ninho é composto por vários compartimentos ou “células”, onde são colocados os ovos. As larvas nascem e são alimentadas com insectos ricos em proteínas, depois fecham-se nos compartimentos e evoluem para o estado de pupa e depois adulto (Vespa). Toda a população de origem morre no Inverno, sobrevivendo apenas uma rainha jovem para dar origem a uma nova geração.
Sintomas/Danos: De um modo geral, estes insectos não causam grandes prejuízos, só quando se formam grandes colónias se justifica intervir. As vespas adultas desta espécie alimentam-se de substâncias ricas em açúcar, como o néctar da flores e o sumo dos frutos maduros ou picados pelos pássaros. São mais activas no Verão e princípio do Outono, quando a sua população é maior.
Plantas mais sensíveis: maçãs, peras, pêssegos, ameixas uvas e outros frutos.
Combate biológico:
Prevenção – Colocar armadilhas com iscos ou atractivos para as vespas; destruir os “ninhos”.
Pesticidas biológicos – Aplicar insecticidas com piretrinas nos ninhos e nos locais com grandes populações de adultos.
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