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Descubra os diferentes tipos de rosas e os cuidados a ter com esta flor

As rosas são uma das espécies mais cultivadas e difundidas mundialmente e são bastante apreciadas pela sua beleza, resistência e longos períodos de floração.


O género Rosa tem cerca de 150 espécies diferentes e milhares de variedades, híbridos e cultivares. Existem na terra há mais de 35 milhões de anos e há mais de 30.000 variedades de roseiras no mundo. O seu fruto é comestível e muito rico em vitamina C.

As suas pétalas têm propriedades medicinais, são calmantes, ricas em vitaminas e sais minerais e também são comestíveis.


Existem em arbustos ou trepadeiras, providos de acúleos, com uma grande diversidade de portes, formas e flores.


Agrupam-se em:


1.Roseiras de espécies silvestres; Florescem uma vez ao ano, com flores de quatro a cinco pétalas.

Ex.: Rosa moyesii, fl. vermelha; R. primula, fl. amarela; R. rugosa, fl. cor-de-rosa.


2.Roseiras antigas; São muito robustas e resistentes a pragas e doenças. Existiram até 1867, ano em que foi obtido o primeiro híbrido. Possuem muitas mais pétalas do que as roseiras de espécie pura.

Ex.: roseiras Alba, Bourbons, da China, de Damasco, poliantas anãs, Gallica, híbridos de musgosas, de Portland, de Provence e a R. rubiginosa e R. spinosissim


3.Híbridos de rosas-chá (arbustos de flores grandes);

São plantas arbustivas que atingem uma altura média e uma amplitude de 2.00 m. As flores têm 5-10 cm de largura e são geralmente dobradas. Têm botões altos e pontiagudos e muitos são intensamente perfumados


Ex.: “Fragrant Cloud”, fl. vermelha; “Silver Jubilee”, fl. cor-de-rosa salmão; “Just Joey”, fl. laranja e cor-de-rosa; “Alec’s Red”, fl. vermelha; “Mme. A. Meillant”, fl. amarelo vivo com rosa carmim; “Superstar”, fl. vermelho claro; “Landora”, fl. amarela; “Baccara”, fl. vermelho vivo; “Papa Meillant”, fl. vermelho escuro e muito perfumada




4.Roseiras floribundas (arbusto com grupos de flores);

As flores podem ser singelas, semidobradas ou dobradas. Florescem de maio a outubro e algumas são perfumadas


Ex.: “All Gold”, fl. amarela; “Escapade”, flor lilás; “Queen Elizabeth”, fl. rosa claro; “Iceberg”, fl. branca.


5.Roseiras arbustivas;

São plantas arbustivas que atingem uma altura média e uma amplitude de 2.00 m. As flores têm 5-10 cm de largura, sendo singelas ou dobradas. São habitualmente remontantes e florescem de maio a setembro.


Ex.: “Chinatown”, fl. amarela; “Bayreuth”, fl. vermelha e amarela; “Feu d’artifice”, fl. rosa alaranjada; “Fruhlingsmorgen”, fl. cor-de-rosa e amarela; “Cocktail”, fl. vermelha e amarela; “Nevada”, fl. branca.


6.Roseiras trepadeiras ou sarmentosas;

As roseiras trepadeiras atingem alguns metros, têm flores singelas e perfumadas nos meses de junho e julho.


Ex.: “Handel”, fl. branca e cor-de-rosa; “Danse du feu”, fl. vermelha; “Golden Showers”, fl. amarela; “New Dawn”, fl. cor-de-rosa; “Schoolgirl”, fl. laranja; “Bela Portuguesa” e “Santa Teresinha” fl. cor-de-rosa.


As roseiras sarmentosas têm o caule mais flexível do que o das anteriores. A floração é em junho e julho, com grandes grupos de flores singelas, semidobradas ou dobradas.


Ex.: “Albertine”, fl. cor-de-rosa; “Gloire de Dijon”, fl. amarela; “Easlea’s Golden Rambler”, fl. amarela; “Paul’s Scarlet Climber”, fl. escarlate.


7.Roseiras miniaturas;

Estas roseiras atingem cerca de 15-30 cm de altura e quase não têm espinhos, sendo muitas delas remontantes. As flores têm 2-3 cm de diâmetro, são semidobradas ou dobradas, nos meses de junho e julho.


Ex.: “Baby Masquerade”, fl. cor de fogo e dourada; “Starina”, fl. vermelha médio; “Angela Rippon”, fl. cor-de-rosa; “Rise and Chine”, fl. amarela; “Coralin”, fl. coral.


Cuidados a não esquecer


Esta planta é pouco exigente em clima e solo (com preferência para argilosos). Tem apenas que se preocupar com uma poda anual quando a roseira estiver no seu estado de dormência.


Durante o período de floração deve remover as flores velhas para evitar o aparecimento de pragas e doenças. Assim, dá forma à roseira, permitindo o crescimento de ramos fortes e saudáveis e uma floração abundante.


Precisam de bastante sol, idealmente um mínimo de 5 a 6 horas de sol direto por dia. Se optar por plantar em vaso deve ter alguns cuidados.


Faça uma boa drenagem, colocando uma camada de argila expandida no fundo do vaso. O substrato que irá colocar deve ser ligeiramente ácido.


Deverá ter em conta a fertilização (duas a três vezes por ano – primavera e verão) e o cuidado com a poda, a qual deverá ser feita no inverno para que floresçam no ano seguinte.


A rega deverá ser feita regularmente nos períodos de maior calor.


Se optar por plantar no solo deverá ter em conta que é necessário fazer uma cova de 30 a 40 cm de profundidade. Para conseguir conservar a humidade e evitar o crescimento de plantas infestantes convém colocar uma camada de casca de pinheiro.


Apesar das rosas não exigirem cuidados exigentes há fungos que podem destruí-las por completo e que exigem alguma atenção. Por vezes aparecem doenças nas rosas que exigem um tratamento célere e especial cuidado. Apresentamos de seguida as doenças mais comuns:


Oídio – manchas brancas


Caracteriza-se por manchas brancas de aspeto feltroso, compostas por esporos do fungo Sphaerotheca pannosa. Os tecidos vegetais infetados ficam deformados, amarelados, secam e caem precocemente, cessando assim o crescimento dos novos lançamentos. Ocorre em ambientes húmidos, com rega por aspersão chuvas prolongadas com temperaturas entre 10º e 20º C ou quando a folhagem é muito densa e apertada. Ocorre também com o excesso de nitrogénio, quando há adubo em excesso, uma vez que obriga a planta a absorver mais água que o normal. Afeta também os rebentos jovens e os botões florais.


Míldio


A doença é provocada pelo fungo Peronospora sparsa. As condições favoráveis ao fungo são as quedas bruscas de temperatura e humidade. Normalmente inicia-se no centro da planta e posteriormente atinge as extremidades dos ramos, pecíolos e brotos. Na face inferior da folha, verifica-se uma coloração branco-acinzentado. Na face superior da folha manifesta-se com manchas irregulares e de coloração pardacenta a violácea nas folhas, que posteriormente, com o desenvolvimento da doença leva à perda da folha

Nos cálices e botões florais, as manchas apresentam uma cor avermelhada. Pode ocorrer a desfolha total.


  • Solução para o oídio e míldio

É importante eliminar as partes infetadas a tempo, de forma a evitar a propagação entre outras folhas e outras plantas. Podemos optar por mudar a planta de lugar ou escolher uma espécie melhor adaptada à humidade do lugar.

Uma forma simples de combater estas doenças é pulverizando as roseiras com uma mistura de bicarbonato de sódio, água e um pulverizador STIHL.

  1. Encher um pulverizador STIHL com 2 litros de água;

  2. Colocar 4 colheres de sopa de bicarbonato de sódio;

  3. Faça a pressurização manual com o pulverizador STIHL;

  4. Aplique nas plantas afetadas e nas que estão perto para evitar o contágio.

  5. Deve repetir esta operação até desaparecerem os sintomas por completo.

Mancha negra


Não plante as suas rosas muito perto uma das outras plantas. Pode abrir os espaços entre os bastões, fazendo uma poda, caso a planta fique muito densa e o ar não conseguir passar.

Em locais frescos e com humidade permanente, nas diversas variedades de roseiras, este fungo (Marssonina rosae) expressa-se com vigor na primavera e no outono. As folhas apresentam, na página superior e por vezes também na inferior, manchas geralmente arredondadas, negras violáceas, podendo em casos severos ocupar todo o limbo.

As folhas infetadas secam e caem prematuramente, prejudicando assim a condição sanitária das plantas, pois, por vezes, surge uma segunda rebentação o que debilita a planta e, por consequência, a floração.


  • Solução

É importante não plantar as rosas muito perto de outras plantas, uma vez que o ar não consegue passar. Em plantas com ataques severos, recomenda-se uma poda mais intensa, com a consequente recolha e queima das partes vegetais infetadas.

Deve-se podar 15 a 20 cm abaixo da infeção e só em tempo seco. Posteriormente deve-se desinfetar o material de corte com uma solução de lixívia a 10% ou álcool, entre cortes.


Ferrugem

Doença com alguma gravidade, especialmente em climas húmidos, ao contrário de situações mais estivais em que o seu desenvolvimento cessa.

O fungo Phragmidium produz manchas amareladas na página superior das folhas, sendo que na página inferior lhes correspondem manchas mais claras e com pústulas. Destas solta-se um pó amarelo a alaranjado. No verão/outono, surgem pústulas amarelas-avermelhadas bem como outras acinzentadas também libertando esporos. Nos lançamentos e na base das flores, também se observam pústulas semelhantes.


  • Solução

É fundamental, na primavera, proceder ao corte e queima de tecidos vegetais afetados. Caso não seja possível ou suficiente, poder-se-á recorrer a tratamentos com fitofármacos à base de mancozebe, de miclobutanil ou de enxofre molhável. Estes devem ser iniciados ainda com o botão floral fechado.



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